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Livro - Cadernos do cárcere (Vol. 2)
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Este volume constitui uma autocrítica: Gramsci questiona qual deve ser o papel representado pelos intelectuais num cenário de inflamada luta política. Para organizar sua análise, Gramsci investiga a educação como processo de ação e instrumento de luta, além do lugar dos jornalistas na divulgação dos acontecimentos.
 
Esta edição brasileira dos Cadernos do cárcere foi organizada por Carlos Nelson Coutinho, reconhecido internacionalmente como um dos maiores especialistas no pensamento de Gramsci, com a colaboração de Luiz Sérgio Henriques, editor da revista eletrônica Gramsci e o Brasil, e de Marco Aurélio Nogueira, professor livre-docente’ da Universidade Estadual Paulista.
 
“Uma nova geração de estudiosos passa a ter agora acesso direto aos textos originais nos quais Gramsci expõe suas concepções a respeito do Estado e da sociedade civil, bem como sobre o bom senso e o senso comum, sobre hegemonia e coerção, sobre a revolução passiva e a democracia cosmopolita, sobre guerra de posição e guerra de movimento, sobre o conformismo e o nacional-popular, ou sobre os intelectuais e a organização da cultura.” - Leandro Konder
“Quando os Cadernos do cárcere começaram a ser publicados na Itália, em 1948, ficamos sabendo que, durante o fascismo, o marxismo teórico não estivera morto. O mais original intérprete de Marx, depois de Labriola, havia escrito suas obras maiores — ‘für ewig’, como eles as definiu — precisamente nos anos do fascismo triunfante. O marxismo de Gramsci não era o marxismo dos professores. Gramsci trocara os estudos universitários pela luta política e fora um dos fundadores do Partido Comunista Italiano. Tratava-se de um marxismo que não se punha à prova apenas diante dos problemas filosóficos tradicionais, mas que enfrentava problemas reais do nosso tempo: Gramsci era marxista no sentido de que prolongava na direção da crítica da política a obra que Marx desenvolvera tendo como referência particular a crítica da economia política.” -Norberto Bobbio