sinopse1 | Segundo o dicionário, crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. Onde o autor procura descrever fatos e situações de acordo com a sua própria visão crítica, como se estivesse estabelecendo um diálogo com o leitor. Porém, com o passar dos anos e a adesão de grandes escritores (e) ficcionistas, o gênero foi ganhando cada vez mais refinamento literário, deixando para trás a ideia de um gênero menor. A crônica é o tipo de texto onde o autor tem mais liberdade para escrever, podendo experimentar do jornalístico, ficção e não-ficção, ironia, humor em prosa ou poesia, além do livre-arbítrio para decidir o tema, espaço-tempo, personagem, foco narrativo e até linguagem, sem se preocupar em comprometer o futuro de seu projeto literário. O que antecipar, então, ao leitor desta antologia, senão garantir que ele se aprazerá de uma grande fusão e profusão de gêneros que se embaralham em notícias, registros, lembranças, gritos, relatos e narrativas que misturam arte e acontecimentos da atualidade, passado e futuro em uma multiplicidade de temas e estilos que se deve, também, ao fato de que cada autor teve total liberdade para selecionar sua crônica. Resta-me apenas convidá-los para estabelecer estes tantos diálogos entre autores-textos-leitores; três diferentes vozes que ecoam independente de qualquer cronologia e que tampouco se pretendem históricas ou factuais. Apenas crônicas. Gênero este, que nos acompanha de forma crônica há muitos e muitos anos. Para alguns, desde a Carta de Pero Vaz de Caminha. O que faria da crônica o gênero (texto) mais antigo já escrito no Brasil. |
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