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Livro - Os Quatro Discursos de Lacan e a Construção do Caso Clínico
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A teoria dos quatro discursos de Lacan se realiza numa estrutura por meio da qual entendemos ser possível dar inteligibilidade lógica e uma orientação ética à construção do caso clínico enquanto método de pesquisa em psicanálise, em duas vertentes. Essa foi a conclusão a que chegamos neste estudo desenvolvido numa “Inter-Redes” que reuniu por mais de uma década, psicanalistas e pesquisadores na prestação de atendimento clínico, supervisão e pesquisa em psicanálise.
Na vertente da escrita, quando acompanhamos a elaboração lacaniana, fica claro que a formalização é sim um método de pesquisa, contudo, o que ainda não havia sido desenvolvido, é que esse é, para Lacan, um método heurístico. Segundo esse referencial o domínio da interpretação constitui um modelo para uma teoria se todos os axiomas dessa teoria são válidos para a estrutura que a interpreta. Nos discursos o tensionamento heurístico entre axiomas e estrutura fica evidente na investigação de como, a cada operação de quarto de volta, o deslocamento da série ordenada sobre os lugares fixos altera a função dos elementos na estrutura. O fato de Lacan ter deixado esse aspecto da estrutura num estado inacabado faz dessas transformações uma das descobertas desse experimento.
Na vertente do ato, descobrimos que a inserção do desejo do analista na transferência, ao duplicar a neurose numa neurose modelo, além de provocar a mudança de discurso, transforma essa estrutura. Seu ato altera a função do elemento a ele transferido. Ao fazer “casa vazia”, “cesto furado do desejo”, o ato analítico em qualquer um dos discursos possibilita o retorno da mensagem, que implica numa mudança da posição do sujeito, abrindo e interrompendo o circuito mórbido do gozo e da repetição.
A construção do caso a partir desse modelo permite situar o percurso do sujeito na transferência a partir de uma sequência de transformações. Quanto à sua funcionalidade, propusemos testá-lo a partir dos princípios da direção da cura por meio da construção de um caso clínico freudiano. O que nos permitiu relançar a aposta psicanalítica na formalização criativa de uma estrutura cujo produto de suas operações resulte numa práxis, aquela que faz do paciente um analisante.