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Livro - Maria Stuart
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"Cheio de intrigas e reviravoltas políticas, Maria Stuart é um excelente retrato biográfico de uma das rainhas mais emblemáticas da Escócia.
 
Certas tragédias históricas, pela enorme repercussão que provocam ao longo dos tempos, se transformam em mistérios quase insondáveis. É decerto o que ocorre com a tormenta de Maria Stuart, rainha da Escócia, condenada por traição e executada aos 44 anos. Mantida em cativeiro por vinte anos por sua prima, Elizabeth I, rainha da Inglaterra, Maria Stuart passou a vida envolvida em lutas pelo poder que sacudiram as fundações da Renascença europeia. 
Centenas de livros, romances, ensaios e peças de teatro já foram escritos sobre Maria Stuart, apresentando-a ora como assassina, ora como mártir, ora como política intrigante, ora como verdadeira santa. Com o rigor de um cientista e a sensibilidade de um artista, Stefan Zweig procura ater-se mais à figura da mulher Maria Stuart, ricamente contraditória nos momentos decisivos de sua vida e na hora sombria de sua morte.
Zweig, que procurou iluminar a lenda que foi essa rainha, traça um perfil psicológico da protagonista, transformando sua biografia em uma espécie de thriller, apresentando Maria como uma mulher forte e determinada para sua época, que cria seu prórprio destino, mas acaba tendo um fim triste.
Maria Stuart não é mais uma tentaiva de buscar a verdade histórica. Zweig estava ciente de como essa verdade é variável, ao saber do tempo e das conveniências. Trata-se de um livro apaixonante sobre uma peronsagem apaixonada. Stefan Zweig sempre se preocupou mais com o 'sinto, logo existo' do que com o 'penso, logo existo'.
Como ele diz, ""na história duma existência, só importam os momentos de vida intensa, decisivos; por isso ela só é narrada com exatidão quando vista neles e deles. Somente quando um ente humano põe em jogo todas as suas forças, está realmente vivo para si e para os outros; somente quando dentro dele a alma arde, é que se exterioriza sua personalidade""."