Livro - Vencecavalo e o outro povo
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O livro escancara a faceta irônica de João Ubaldo: publicado originalmente em 1974, o livro reúne cinco contos nos quais ele traça perfis absurdos e cria tramas tão inusitadas quanto hilariantes. Com uma linguagem que mescla erudito e popular, o autor cria narrativas breves que beiram o surreal, mas que tocam temas centrais do mundo contemporâneo – e particularmente do Brasil. O regime militar do Brasil acabou estimulando um período de grande efervescência cultural no país. Os mais variados segmentos artísticos, constantemente sufocados pela censura, empregaram diversas metáforas políticas nas obras da época. João Ubaldo Ribeiro é um representante dessa característica na literatura: satírico, questionador e dono de uma escrita agressiva, tem em seus romances uma forte presença da temática social. Em Vencecavalo e o outro povo, ao tratar a questão nacional a partir de um país fictício, João Ubaldo analisa temas essencialmente brasileiros como se tratasse de outro povo. A corrupção, a manipulação política, a injustiça, a violência física e simbólica são encenadas por meio de histórias satíricas e absurdas. Nelas, não são poupadas da ironia figuras simbólicas de presidentes, militares, conquistadores e mitos da história. Em “Vencecavalo Santos Bezerra”, acompanha-se a trajetória de um modesto nativo de Vila Necas que se tornou presidente da Borengânia, governando literalmente à base de marteladas na cabeça. “Tombatudo Santos Bezerra” satiriza a “descoberta” do Brasil, descrevendo a briga entre duas tribos indígenas e um povo que tem de comprar dos lusitanos um imenso e inútil carregamento de lonas que não encomendaram. “Rombaquirica Santos Bezerra” narra a intrincada história de um termômetro sexual francês que vai parar na mão do protagonista, na Paraíba, resultando numa sucessão de impagáveis peripécias. Em “Sangrador Santos Bezerra”, beato do Kazinguistão predestinado à santidade assume o governo para, por meio da guerra, salvar o país do pecaminoso comércio do “bicho-pica”. “Abusado Santos Bezerra” conclui o livro com a hilária intervenção de um investigador brasileiro, buscando solucionar um atentado contra o presidente dos Estados Unidos. Nestas cinco histórias, os protagonistas estão envolvidos em metáforas perturbadoras sobre a contemporaneidade. Sem poupar ninguém, João Ubaldo comprova que o riso é a mais poderosa das armas.

Ficha Técnica